A vida no andar de baixo
é a que eu sempre quis.
É de lá que vêm sons
de festas,
sorrisos que posso ver
em rostos desconhecidos,
conversas robustas
cheias de neologismos.
A vida do andar debaixo
é a que eu sempre quis,
sem saber que de lá se diz:
se morasse no andar de cima
seria muito mais feliz.
Onde é que erramos? há um menino lá fora com chuteira e bola lhe esperando. Já não existe o tempo, o dia acabou e o menino se torna aos poucos quem ele tanto esperou. -Carla Medeiros